quarta-feira, junho 22, 2005

Apresentação Pública da Candidatura à CML

Apresentação Pública da Candidatura à Câmara Municipal de Lisboa
PORQUE ESTOU NESTA CANDIDATURA

Pela Cidade de Lisboa. A minha cidade, onde nasci, cresci e onde vivo.Para a qual trabalhei, que conheço não apenas como cidadã residente, no meu quotidiano, mas que conheço também pelo meu trabalho em algumas das mais importantes instituições que servem esta cidade e os seus cidadãos. Dirigi-as, por meu modo de ser, no contacto directo com as pessoas, nas ruas, nos bairros, nas freguesias onde se desenrola o seu dia-a-dia onde se entendem os seus problemas e as causas destes problemas. E, também, as soluções possíveis.As pessoas conhecem-me e sabem que sou uma mulher de compromissos. E encerrado o compromisso com a SCML, bem importante, que cumpri com alegria, rigor e escrúpulo, posso assumir um novo compromisso em toda a sua plenitude e com todas as implicações que dele decorrem e decorrerão.Estou a dizer-vos que eu vou para a Câmara de Lisboa.Vou cumprir o mandato que os Lisboetas me derem.E fá-lo-ei nos termos em que, hoje, assumo este compromisso publicamente.Estabeleço aqui, uma nova aliança com os Lisboetas.

COMO ESTOU NESTA CANDIDATURA

Venho com uma teoria geral sobre Lisboa. Uma linha de fundo, um fio condutor aberto, suficientemente aberto para que o tempo de campanha não seja um tempo de certezas fechadas, mas antes um tempo de ouvir e sentir, perceber melhor e reflectir, até chegar a uma oferta identificada com o real, o concreto, a diferença, o detalhe. A campanha será também um processo de aprendizagem. Porque a cidade é uma vida colectiva, que pela sua natureza cruza diversidades, conflitos e interesses, sabemos que o seu projecto tem de ser sempre um projecto de compromisso.
A vida das pessoas, de todos nós, de cada um de nós, dos Lisboetas, é também feita de pequenas coisas concretas.São elas o importante, muito mais do que os grandes dossiers, os projectos de grande impacto mas fracos resultados, as teorias aparentemente quase perfeitas.São elas que permitem rapidamente melhorar as condições de vivência e convivência dos Lisboetas no seu dia-a-dia, na resposta eficaz e qualificada das suas necessidades habituais.
É a cidade do quotidiano. Convém lembrar que a CML existe porque existe a cidade e os Lisboetas. Não é um fim em si mesma. Não é o termo da corrida eleitoral. E também não é um instrumento para fazer o que eu penso, ou o que os candidatos no geral pensam, mas para realizar o que os Lisboetas querem e precisam:- bons serviços- respostas em tempo útil- transparência- informação, etc.É por isso que o Programa que vos irei apresentar nas próximas semanas será curto e conciso.
E é por isso que não será nunca uma colagem de temas mediáticos, uma réplica às ideias alheias ou um puro exercício de retórica.

SABER FAZER

As cidades tornam-se frequentemente ingeríveis. Não são realidades homogéneas, implicam aspectos diversos, alguns muito técnicos; e ainda interesses por vezes desagregadores. Venho com a convicção absoluta, que aliás a minha experiência profissional sempre confirmou, que o que se espera de quem aceita este tipo de responsabilidades é saber fazer.Serão certamente muito importantes os conhecimentos técnicos, a capacidade de projectar, a coragem de decidir inteligentemente.Mas estamos aqui para fazer.Eu sei fazer. É fazer, realizar, concretizar o que mais me motivou ao longo de muitos anos de trabalho público.Vivemos hoje numa cultura de alibis que leva a desperdiçar energias, tempo e recursos em justificações de toda a ordem para explicar porque é que as coisas mais simples não acontecem.
Porque razão se arrastam os problemas, porque motivo sobre o mesmo assunto se pensa isto e o seu contrário, porque se constatam erros crassos na concepção e execução de grandes obras.Para justificar, afinal, negligências e incompetências de toda a ordem que se traduzem num enorme atraso. É pois urgente exigir que se faça. Os Lisboetas não querem mais projectos e teorias, ideias brilhantes e soluções inexequíveis.Os Lisboetas querem a concretização de objectivos claros, simples, qualitativamente importantes. Querem boas práticas. E querem responsabilidade.Mas ao contrário do que alguns pensam ninguém faz nada sózinho.Diria mesmo que, nem sequer com uma excelente equipa, um candidato à Presidência da CML pode dar garantias de que fará e fará bem. A Câmara não é só um Presidente e a sua equipa.A Câmara é também uma macro-máquina que tem de funcionar. Que tem de ser gerida.
A CML é uma capacidade instalada que é preciso pôr em funcionamento com a máxima eficiência. Um conjunto muito significativo de recursos humanos, técnicos, financeiros, físicos que são indispensáveis para operacionalizar as decisões.A presidência da Câmara é pois, também, uma questão de liderança.Eu tenho experiência de liderar grandes organizações. Tenho resultados nessa matéria. Estabelecer objectivos e alcançá-los, gerir máquinas complexas e potenciá-las, gerir pessoas e motivá-las.Repudio em absoluto uma presidência que minimize este aspecto. Que subverta a cadeia hierárquica, dispense a capacidade instalada, despreze o capital acumulado de experiência e conhecimentos técnicos que a CML possui, e prescinda do seu capital humano. As instituições devem renovar-se sem rupturas.
Eu trabalharei com os Serviços da CML.Eu trabalharei com os seus técnicos.Eu contarei com eles para cumprir o propósito de fazer e fazer bem.Só com um presidente, uma equipa, uma máquina bem gerida, um conjunto de Serviços devidamente organizados, dimensionados e enquadrados, será possível fazer em tempo útil.Porque também não basta fazer. Nem fazer bem. É preciso fazer em tempo útil.Deixem-me falar um pouco do tempo. É minha convicção que um dos maiores problemas que o país enfrenta é o desperdício do tempo e o desprezo pelo factor tempo. Portugal não tem tempo. Lisboa também não tem tempo a perder.Como se explica que tantos projectos se arrastem precisamente através de diferentes mandatos?
Que licenças de que os cidadãos precisam para que as coisas mais simples demorem anos, que respostas elementares demorem meses, que obras de pequena dimensão se arrastem indefinidamente? Que tudo se transforme num universo de pendência e espera? Que se aceite que é assim, porque não pode ser de outra maneira. Quem disse que não pode?Como podemos aceitar o arrastar de respostas a que temos direito como uma fatalidade inevitável? Porque nos predispomos a esperar passivamente por aquilo a que temos direito?É uma cultura de exigência e responsabilidade que marca a minha candidatura. De reivindicação relativamente a esta sistemática violação do tempo útil das respostas que queremos. O nosso tempo útil será o do nosso mandato. Apresentaremos um plano cujo horizonte temporal permitirá que, no termo do mandato, o seu grau de execução seja mensurável e o mais elevado possível.Mas olhando para a cidade, e conhecendo-a como a conheço, não posso deixar de vos referir que dou e darei a maior importância à coesão máxima da rede que sustenta Lisboa.Refiro-me naturalmente às Juntas de Freguesia. Hoje fala-se tanto de rede de proximidade mas temo que o conceito se mantenha ainda teórico. Estar próximo do cidadão é o único modo de ter uma percepção clara das suas aspirações e necessidades. É também a única forma de tornar os cidadãos legítimos fiscalizadores da nossa actividade.
Finalmente, sem essa proximidade, nunca ganharemos a dimensão de tempo útil para fazer o que de ser feito.Quero afirmar que, como Presidente da Câmara, verei as Juntas de Freguesia, todas, como uma primeira linha preciosa para o nosso trabalho colectivo. Porque é na cidade que se faz a cidade.Em suma, como em muitos outros sectores da vida portuguesa, também aqui existem diagnósticos e consensos. Muitos foram feitos por Universidades, organismos como o LNEC, Fundações, etc.... Porque será que estão na gaveta? Porque falta vontade, visão, capacidade de fazer. É aí que nos propomos estar.

PARA QUEM ESTOU NESTA CANDIDATURA

Lisboa é, hoje, uma cidade fragmentada, labiríntica e geradora de múltiplas causas de isolamento.Dentro desta cidade que vemos existem cidades ocultas, que eu conheço, e de que devemos urgentemente cuidar.Numa cultura que nos quer fazer acreditar que só existe o que se vê, eu comprometo-me desde já, na linha do que sempre fiz, a cuidar do que não se vê, daqueles que não são vistos, não têm voz, mas contudo existem e são para nós muito, mas muito importantes.- Tenho perfeitamente identificados os grupos que habitam na cidade de Lisboa.- Percepciono claramente os riscos da sua estratificação social e geracional.- Subscrevo a urgência de fazer emergir o conceito de bairros como um outro modo de vida humana em contraponto às grandes massificações.- Sei que esta é uma cidade muito envelhecida e onde os idosos vivem mal.- Sei como são as bolsas de pobreza persistente, o efeito devastador da droga, das novas doenças como factores de desorganização das famílias e causas de isolamento.- Vi, com pena, a reincidência em políticas de realojamento profundamente erradas.- Vivo numa cidade que é já hoje claramente multi-étnica e multi-cultural em que a verdadeira integração responsável é assim, uma palavra de ordem.
- Sei como Lisboa está longe de ser uma cidade saudável e de como cresce a morbilidade da pobreza.- Vejo como é difícil ser-se deficiente em Lisboa, muito mais difícil que em qualquer outra cidade europeia. E envergonho-me.- Conheço como é duro constituir e criar família nesta cidade, sem equipamentos suficientes para uma qualidade de vida aceitável.- É visível o pouco que se tem investido na cidade como vida colectiva e integradora.- Sei como o lazer é fundamental e, para ele, a correcta apropriação do espaço público.É para todas estas pessoas e por todos estes motivos que estou, Candidata nesta campanha.Mas Lisboa é também uma cidade onde diariamente muitos cidadãos dos concelhos limítrofes passam grande parte do seu dia-a-dia. Da população empregada no concelho, e estimada em meio milhão de activos, apenas 35% é residente em Lisboa.
A nossa luta será a de tornar esta cidade menos hostil e menos madrasta. Para tal entraremos com todos para promover a construção séria de uma rede social que envolva Saúde, Segurança Social, IPSS’S, Estado e Sociedade civil para concertadamente criar respostas sustentadasVamos ouvir quem sabe, incorporar muitos estudos e diagnósticos já realizados sem querer tudo inventar. Vamos fazer. Vamos fazer bem. Vamos fazer em tempo útil. Para tornar Lisboa uma cidade inteligente e humana.Porque Lisboa será tão mais humana, quanto mais inteligente e tão mais inteligente quanto mais humana.Connosco. Lisboa em boas mãos.

Maria José Nogueira Pinto
2005.06.21, Hotel Tivoli

segunda-feira, junho 20, 2005

Apresentação de candidatura à Câmara Municipal

A apresentação de Maria José Nogueira Pinto à Câmara Municipal de Lisboa toma lugar amanhã, dia 21 de Junho, às 18h00, no Hotel Tivoli.

quinta-feira, junho 16, 2005

Nogueira Pinto candidata à edilidade lisboeta

A provedora da Santa Casa da Misericórdia, Maria José Nogueira Pinto, é a candidata do CDS-PP à Câmara Municipal de Lisboa nas autárquicas de Outubro, foi hoje anunciado. O anúncio foi feito na sede do partido, no Largo do Caldas, pelo presidente do partido, José Ribeiro e Castro. Maria José Nogueira Pinto apresentará publicamente a sua candidatura na próxima terça-feira, num hotel em Lisboa.

Lisboa reúne sobre Autárquicas

A Comissão Política Concelhia de Lisboa reúne hoje com autarcas e militantes interessados em participar nas listas para os órgãos autárquicos de Lisboa, às 21h00, na Sede Concelhia, de forma a discutir o processo eleitoral para a edilidade lisboeta.
Foram convidados o Presidente da Mesa da Assembleia Concelhia, Dr. Telmo Correia, e o Presidente da Distrital de Lisboa e Vereador, Dr. António Carlos Monteiro.

terça-feira, junho 07, 2005

Coligação em Lisboa decidida esta semana

PSD e CDS-PP devem decidir esta semana se se apresentam coligados em Lisboa nas eleições de Outubro. Entretanto, os dois partidos já selaram cerca de 30 coligações autárquicas. "Estão fechados perto de trinta acordos, mas vários estão ainda a ser negociados", disse à Lusa o secretário-geral do PSD, Miguel Macedo.

Nas últimas eleições autárquicas, PSD e CDS-PP concorreram coligados em 43 municípios, mas em Lisboa tiveram candidatos próprios, com Pedro Santana Lopes a concorrer pelos sociais-democratas e Paulo Portas pelos democratas-cristãos.

Segundo Miguel Macedo, o dossier da capital está a ser tratado directamente pelos presidentes dos dois partidos, Marques Mendes e Ribeiro e Castro, e pelo candidato apoiado pelo PSD à Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues.

Membros do gabinete autárquico do CDS-PP garantiram que a questão ficará decidida esta semana, estando prevista uma reunião - ainda sem data - entre Marques Mendes e Ribeiro e Castro.

Após essa reunião, e seja qual for a decisão, deverá ser formalmente assinado o acordo-quadro entre os dois partidos, que seguirá as linhas gerais do texto firmado em 2001. Nesse acordo, estipulou-se que os votos obtidos pelas coligações entre os dois partidos fossem repartidos numa base de 80 por cento para o PSD e 20 para o CDS.

- DN

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