quarta-feira, agosto 27, 2008

Baixa sem trânsito não entusiasma ninguém


O encerramento do trânsito no Terreiro do Paço aos domingos começou há um ano mas ainda não conseguiu apoio de moradores, comerciantes e autarcas, que reclamam melhor animação cultural.
A autarquia estreou a iniciativa Aos domingos o Terreiro do Paço é das pessoas, com o encerramento ao tráfego nas laterais da Praça do Comércio e o troço da Ribeira das Naus entre o Largo do Corpo Santo e o Campo das Cebolas. No entanto, o entusiasmo inicial tem vindo a diminuir. António Rosado, da Associação de Moradores da Baixa Pombalina, revelou que vários habitantes se têm mostrado insatisfeitos com a concentração de trânsito nas restantes ruas, provocando uma intensificação da "confusão" aos domingos em zonas tradicionalmente calmas. Opinião partilhada pelo presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina, José Quadros, para quem as iniciativas são "muito aleatórias" e não são o motivo de visita ao Terreiro do Paço.
"A actividade cultural que ali se desenrola não é a desejável, nem cria dinâmica na zona. A escala e a dimensão do Terreiro do Paço não são compatíveis com este tipo de iniciativa", disse o presidente da junta de S. José, João Mesquita (PSD).
A câmara devia pensar em estruturas amovíveis para minimizar "a chuva e o vento de Inverno" e "o sol que bate de chapa no Verão". Esta foi uma das dez medidas prioritárias do presidente da câmara, António Costa, para o início do mandato.

in Público

1 Comentários:

em 7:53 da tarde, Blogger Xikilim disse...

As obras de restauro\manutenção da praça do comércio bem como a recuperação da frente ribeirinha e a sua devolução ao peão foi um passo bastante importante e que era urgente. A manutenção do centro de Lisboa, e da praça mais importante da capital ou mesmo do pais, símbolo nacional, centro estratégico e histórico, nem deve ser posta em causa as obras de manutenção, mas ha que ter um rigor, com a escolha da data para as obras bem como o tempo de duração. O projecto é bom, finalmente depois de a praça do comercio ao longo dos últimos anos ter sofrido apropriações das mais variadas como um parque para automóveis, já era sem tempo, voltar as “origens”, devolver-lhe o traçado original e devolver a frente ribeirinha aos peões, aos lisboetas e visitantes. Já basta de estradas que cada vez mais se apoderam dos espaços públicos e que tornam os passeios vias perigosas e hostis para quem anda a pé, estacionamentos que encurtam os passeios e destroem arvores e jardins, vias rápidas perto de zonas habitacionais que alteram os planos de urbanização... Cada vez mais se valoriza a comodidade do transporte individual, lisboa e uma capital com uma dimensão das maiores da Europa e temos um transporte publico dos piores, o metro é o único meio de transportes eficiente devido a geografia da cidade com as suas 7 colinas e temos muito poucas linhas de metro, muito mal distribuídas convergindo todas ao centro, em vez de se utilizar uma malha geometricamente bem distribuída de maneira igual por toda a cidade. Por exemplo quem quiser ir de telheiras a carnide que fica a 1km a pé de metro tem que ir quase ao centro da cidade, á alameda para voltar para trás. O aeroporto é o único principal das capitais europeias que não tem metro nem comboio, o único transporte é um autocarro ou táxi.
Voltando ao assunto principal, praça do comercio, os usos devem der repensados, os ministérios podem estar em qualquer local da cidade, uma zona com o potencial enorme e única, excelente estrategicamente deve ser aproveitada para uma grande aposta na cultura, comercio, turismo, lazer, com museus, restaurantes, bares... Como acontece nas cidades europeias. Podemos fazer uma comparação a praça de são marcos em Veneza. O que seria da praça de S.Marcos sem os museus? Sem as emblemáticas cafetarias e restaurantes? Provavelmente a praça e as suas arcadas estariam vazias ou seria só um local de passagem onde apenas se parava para tirar uma foto e mais nada como acontece na praça do comércio e não teria a importância mundial que tem hoje. Na praça do comércio não se passa nada, os visitante ficam sempre a espera de algo mais, os edifícios são de uso exclusivo dos trabalhadores dos ministérios, os espaços públicos locais de passagem durante o dia, para apanhar o barco para a margem sul. E a noite onde não se vê viva alma. Se a estatua de D.Jose e seu cavalo ganha-se vida provavelmente pôr-se-ia de ali para fora.

 

Enviar um comentário

<< Home

Grupos do Google Subscreva o Grupo de Discussão do Forum Lisboeta
Email:
Pesquise os Arquivos em Grupos de Discussão no: google.com