terça-feira, julho 29, 2008

Zona ribeirinha deve ter calendário rigoroso

A Associação de Turismo de Lisboa (ATL) defendeu ontem que o plano da autarquia para a zona ribeirinha tenha um calendário que funcione como "compromisso político" e se articule com os dos restantes municípios do estuário do Tejo.

"Fala-se num horizonte temporal de 20 a 25 anos, o que é muito e deve ser antecipado. O importante é que este projecto tenha um calendário rigoroso de intervenções que seja um compromisso político e garanta a sua concretização", defendeu Vítor Costa, presidente da ATL.

O responsável sublinhou ainda que só desta forma se consegue vincular as autoridades ao plano e garantir a sua concretização, "mesmo que no futuro haja mudanças a nível político".

O dirigente da associação de turismo falava ontem a propósito de um debate sobre o Plano Geral de Intervenções para a Zona Ribeirinha que a autarquia vai promover hoje no Welcome Center, no Terreiro do Paço. O responsável da ATL chamou ainda a atenção para a necessidade de articular o plano da Câmara Municipal de Lisboa com os dos restantes municípios do estuário do Tejo.

"Não se pode pensar, por exemplo, no turismo náutico e contar só com Lisboa. As autarquias da margem sul e Oeiras têm uma palavra a dizer a este nível. Este plano deve ser articulado com o que já existe para que o estuário do Tejo seja um produto turístico uniforme", sublinhou.

Vítor Costa apontou ainda a não inclusão da zona da doca pesca como uma das preocupações de quem trabalha na área do turismo em Lisboa.

"Percebo que a câmara não pudesse decidir sozinha sobre um território que não é apenas seu, pertence também a Oeiras. Mas é preciso frisar que esta zona tem uma vocação forte para ser um pólo turístico importante". O presidente da ATL afirmou que o plano da autarquia de Lisboa para a zona ribeirinha, "em termos gerais", vai ao encontro da estratégia que a associação defende para a área do turismo, com "microcentralidades turísticas" em zonas como Belém e o Parque das Nações, mas "interligando toda a frente ribeirinha". "O debate de terça-feira será útil porque as pessoas do turismo podem dar o seu contributo específico e enriquecer o plano", concluiu.

Com um horizonte temporal de 20/25 anos, o plano global da câmara para a zona ribeirinha prevê, entre outros projectos, uma nova praia, com ondas artificiais, na Doca do Poço do Bispo, que a câmara quer ver integrada no domínio público municipal. O outro extremo dos 19 quilómetros de frente ribeirinha de Lisboa, em Algés, deverá igualmente ser reabilitado para a criação de uma praia, com piscina flutuante, e para isso a autarquia propõe o alargamento do areal existente. LUSA

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