sexta-feira, julho 11, 2008

Chiado com flores e contra os grafitos

Algumas lojas e instituições do Chiado estão a enfeitar as portas e varandas com floreiras para dar mais cor ao bairro de Lisboa. Estão ainda a negociar com a Câmara um acordo para a limpeza permanente dos grafitos.
"As flores são alegria. Dão ânimo. Estou farta de cimento", atirou Eugénia Matos, uma lisboeta em compras pelo Chiado com muitas primaveras no bilhete de identidade, quando questionada pelo JN sobre a "invasão" de flores anunciada para o emblemático bairro de Lisboa. Carla Sousa, que também descia o Chiado, garante que a zona ficará mais acolhedora e só lamenta que a iniciativa não seja capaz de contagiar toda a cidade. "Há pequenas coisas que podem fazer a diferença", sublinhou.
O entusiasmo em torno das flores é partilhado pelos lojistas. Mais de uma dezena já aderiu e deverá começar a ornamentar portas e janelas nos próximos dias. "É uma iniciativa que está relacionada com o embelezamento das ruas e que tem preocupações ao nível estético. Vamos também sensibilizar a Câmara e as juntas de freguesia para reforçar a limpeza ao nível dos passeios", refere Vítor Silva, presidente da Associação de Valorização do Chiado, promotora da ideia de encher a zona de flores, em parceria com as juntas de freguesias dos Mártires, Sacramento e São Nicolau.
"O Chiado está árido. Cada vez mais é necessário ter preocupações com a área envolvente e o espaço público. Não chega tratar da porta para dentro", acrescenta Vítor Silva.
"Não há um pedaço de verde nas proximidades. As pessoas notam isso e queixam-se, por isso sentem prazer em passar pela minha loja e apreciar as flores", frisa, por seu turno, Elisabete Monteiro, do centenário Pequeno Jardim, cujo passeio é uma extensão da florista na Rua Garrett. A loja, que já se veste de flores todo o ano, foi a fonte de inspiração da iniciativa.
A "guerra" declarada aos grafitos também faz parte das preocupações estéticas relativamente ao bairro. O presidente da Associação de Valorização do Chiado revela que está a negociar com a Câmara Municipal de Lisboa um protocolo no âmbito da limpeza de grafitos em ruas nobres como a Garrett, Nova do Almada e do Carmo. A ideia é contratar, por dois anos, uma empresa especializada neste tipo de trabalho.
"Claro que não adianta fazer apenas a remoção. É necessário também fazer, logo a seguir, o tratamento das fachadas para que os grafiters não consigam sujar as paredes novamente", explicou Vítor Silva.
A ideia é, remata o responsável, que a Câmara ajude a dar o primeiro impulso ao projecto, levando a cabo a protecção das fachadas, ficando a associação com o ónus da limpeza.
in Jornal de Notícias

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