terça-feira, dezembro 04, 2007

AML: PSD debaixo de fogo

O braço-de-ferro entre PS e PSD para aprovar o empréstimo que permitirá saldar as dívidas de curto prazo da Câmara de Lisboa valeu aos sociais-democratas duras críticas dos restantes partidos com assento na Assembleia Municipal.
Para o social-democrata, Jorge Penedos, a viabilização de um empréstimo de 400 milhões para sanear as dívidas do município é «uma grande vitória para Lisboa» e a demonstração de que «o PSD faz propostas sérias e as mantém».
No entanto, a abstenção do PSD – tanto na reunião de Câmara convocada especialmente, esta terça-feira, para aprovar a proposta como na votação da Assembleia Municipal que se lhe seguiu – valeu aos sociais-democratas a crítica de todas as outras forças políticas.
«Acabámos de assistir a algo delicioso, que foi o PSD abster-se numa proposta sua», ironizou Miguel Coelho, do PS, lembrando que a contraproposta de um empréstimo de 400 milhões – e não de 500 como o PS pretendia – partiu do deputado municipal social-democrata, Domingues Pires.
Mais brando nas críticas foi o deputado do CDS, Rui Roque, que se congratulou por «ajudar a aprovar este instrumento essencial para a governação de Lisboa», através da abstenção na votação na Assembleia Municipal.
Modesto Navarro, do PCP, sublinhou mesmo
o descontentamento dos comunistas com os «excessos que foram praticados pelo PS e pelo PSD», que dramatizaram o debate à volta da aprovação do empréstimo nos últimos dias – com António Costa enviar a mensagem de que a Câmara «seria ingovernável sem o empréstimo» e os sociais-democratas a garantir que chumbariam o montante pedido pelo Executivo.
«Este clima não pode continuar», defendeu Modesto Navarro que alertou para a necessidade de «haver a capacidade de encontrar consensos que interessem à cidade e não à direcção deste ou daquele partido».
Ainda mais incisivo foi o deputado do Bloco de Esquerda, Heitor de Sousa, que acusou o PSD de «ter a capacidade de dar as maiores cambalhotas políticas».
«Como é que é possível o PSD fazer uma proposta e depois abster-se?», questionou-se o bloquista que acusou os sociais-democratas de serem «irresponsáveis» e de fazer aprovar um montante que «significa um maior risco para Lisboa», já que não cobre a totalidade da provisão que PS e BE entendem ser necessária para fazer face às dívidas que ainda estão em contencioso ou por facturar.
Lusa

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