quarta-feira, outubro 24, 2007

População foge para os arredores

O concelho de Lisboa continua a perder habitantes a favor das zonas limítrofes com as famílias a dirigirem-se preferencialmente para a linha de Cascais e para Norte, revela um estudo sobre fluxos migratórios ontem divulgado.

O relatório da Imométrica - uma empresa de sistemas de informação para o sector imobiliário - baseou-se na análise dos pedidos de reencaminhamento de correspondência postal feitos pelos agregados familiares entre 2005 e o primeiro semestre de 2007. Com base nos 23.266 movimentos de mudança de casa que tiveram como origem ou destino a Área Metropolitana de Lisboa, o estudo concluiu que o concelho de Lisboa apresentou um saldo migratório negativo de 3 %, tendo originado 9.585 saídas e sendo destino de apenas 8.435 mudanças.

Mais de dois terços (71 %) dos fluxos gerados na capital tiveram como destino o próprio concelho, já que 5.760 mudanças foram feitas dentro de Lisboa, sendo a freguesia de Santa Maria dos Olivais a que mais população ganhou e a de São Jorge de Arroios a que mais perdeu. Das 2.799 famílias (29 % do total) que optaram por residir noutro concelho, a maioria escolheu a linha de Cascais/Oeiras e a zona Norte, que engloba os concelhos de Loures, Vila Franca de Xira, Amadora e Odivelas.

Estas duas regiões, em conjunto, atraíram 64 % das famílias que saíram de Lisboa. As famílias que optaram por mudar privilegiam também cada vez mais a Margem Sul, quer no eixo Ponte Vasco da Gama (Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo e Palmela), quer no eixo Ponte 25 de Abril (Almada, Seixal, Sesimbra e Setúbal). Em algumas cidades, como é o caso de Alcochete e Setúbal, os residentes oriundos de Lisboa assumem importância crescente, já que 20 e 21 % das famílias que escolheram estes concelhos saíram da capital.

in Jornal de Notícias

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