segunda-feira, maio 07, 2007

Vereadores da oposição acordaram renúncias se PSD não o fizer

Todos os vereadores da oposição na Câmara de Lisboa acordaram hoje renunciar aos cargos para provocar eleições intercalares até ao final desta semana caso o PSD não concretize as renúncias aos seus mandatos.
Numa reunião em que estiveram presentes o vereador socialista Dias Baptista, o vereador do PCP Ruben de Carvalho, o vereador do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, e o vereador do CDS-PP, Miguel Anacoreta Correia, foi acordado que deve ser o PSD, que consideram responsável pela crise política no município, a dar o primeiro passo para a marcação de intercalares, renunciando aos seus mandatos.
No entanto, a oposição garantiu hoje que se os sociais-democratas não o fizerem até ao final desta semana, têm prontas as declarações de renúncia, que entregarão, provocando eleições intercalares para a autarquia lisboeta.
O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, alertou para o facto de não ser necessária nenhuma reunião do executivo municipal para entregar as renúncias, acrescentando que não foi ainda convocado para a reunião extraordinária que deverá realizar-se quinta-feira.
Nessa sessão extraordinária, os seis vereadores do PSD deverão formalizar as renúncias aos mandatos, que anunciaram sexta-feira.
«PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS estão de acordo para criar condições para que seja o PSD o primeiro a fazer cair o executivo municipal», disse Dias Baptista aos jornalistas à saída do encontro.
O autarca socialista sublinhou que «não foi a oposição que criou esta instabilidade na câmara».
O vereador socialista afirmou contudo que até ao final do dia de hoje, o PS reunirá todas as declarações de renúncia das suas listas, esperando até ao final da semana para as entregar.
O vereador comunista Ruben de Carvalho, que propôs esta reunião, referiu igualmente a necessidade de se esperar pelas reuniões camarárias de quarta (sessão ordinária) e quinta-feira (sessão extraordinária) «para saber claramente como é a situação, se os vereadores [sociais-democratas] renunciam, se renunciam todos os candidatos e todos os suplentes».
Caso contrário, «a oposição assumirá as suas responsabilidades», frisou.
«Hoje ficou claro que a posição é de facto irmos para eleições», afirmou Ruben de Carvalho.
O vereador independente eleito pelo Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, afirmou estranhar «que o PSD tenha dito que ia haver eleições e ainda não tenha tratado do assunto».
«A oposição não vai esperar mais do que esta semana para tomar uma solução definitiva», garantiu, acrescentando que todos os elementos das listas do Bloco de Esquerda têm as declarações de renúncia prontas.
O vereador do CDS-PP, Miguel Anacoreta Correia, afirmou que «o processo iniciado pelo PSD deve ser finalizado pelo PSD».
No entanto, o vereador assegurou que os democratas-cristãos não deixarão de assumir as suas responsabilidades, contribuindo para a queda do executivo municipal.
Os seis vereadores do PSD na Câmara de Lisboa confirmaram sexta-feira passada que vão renunciar ao mandato na autarquia, seguindo a orientação do líder dos sociais-democratas, Marques Mendes.
in Diário Digital

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