quinta-feira, maio 10, 2007

CDS alerta: "crise institucional entre CML e AML"

As declarações no final da reunião de Câmara desta quarta-feira foram feitas já a pensar na campanha para as eleições intercalares. Lembrando a crise financeira que Lisboa atravessa e as dificuldades trazidas pelo facto de as eleições não serem também para a Assembleia Municipal, os vereadores explicaram que a campanha que se aproxima deverá ser feita «com seriedade e rigor» e sem expectativas demasiado elevadas.
«Não podemos prometer mundos e fundos», comentou o socialista António Dias Baptista, que apontou como ponto principal do projecto do PS para Lisboa «o saneamento da crise financeira» que o município atravessa.
O vereador do PS Nuno Gaioso Ribeiro afirmou que «as expectativas que os lisboetas podem ter na Câmara são limitadas» e que a crise que esta quarta-feira chegou ao fim com a queda do executivo camarário «teve origem na situação económico-financeira e urbanística grave» que se vive me Lisboa. Gaioso realçou ainda a importância de «debater seriamente a qualificação dos presidentes de câmara e vereadores».
Para Ruben de Carvalho, as eleições são a saída para a crise, mas não são a solução. O vereador comunista prevê que os próximos tempos não sejam fáceis para o executivo que venha a tomar posse. «A manutenção da Assembleia Municipal pode provocar problemas políticos», observou.
Apesar de contente com o fim da crise, Sá Fernandes não quer «cantar vitória», preferindo antes «pensar no futuro». O vereador independente eleito pelo BE desvaloriza o impacto que a candidatura de Helena Roseta poderá ter no seu resultado eleitoral, afirmando que todas as candidaturas são bem-vindas.
Concentrado na campanha que se aproxima, Sá Fernandes defende a importância de «conhecer muito bem os dossiês» e pede «um debate sério e rigoroso».
O vereador do CDS, Miguel Anacoreta Correia falou aos jornalistas no final da reunião, salientando o facto de Marques Mendes não ter conseguido levar todos os eleitos pelo PSD a renunciar aos mandatos: «Foi um processo iniciado pelo PSD, que não foi concluído pelo PSD».
Preocupado com a manutenção da maioria do PSD na Assembleia Municipal – órgão para o qual não haverá eleições -, Anacoreta Correia prevê «uma situação de crise institucional» entre a Câmara e a Assembleia, «sobretudo pelas pessoas envolvidas». Para ilustrar a situação, dá o exemplo do projecto da Baixa Chiado que, no seu entender, está a sofrer «um veto de gaveta» por parte da actual presidente da AML, Paula Teixeira da Cruz.

in Sol online

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