segunda-feira, abril 09, 2007

Nogueira Pinto contesta salas de chuto

A vereadora do CDS-PP na Câmara de Lisboa, Maria José Nogueira Pinto, vai contestar quarta-feira, na última reunião do executivo antes da sua saída, a criação de salas de consumo assistido na capital, uma medida da maioria PSD, escreve a Lusa.
Numa declaração que a vereadora irá fazer no período antes da ordem do dia da reunião camarária, na quarta-feira, Nogueira Pinto vai defender que a criação de salas de consumo assistido de drogas ilícitas «espelham a incapacidade política de desenvolver programas verdadeiramente inclusivos e de reabilitação/reintegração de toxicodependentes em fase avançada da sua doença».
«Existem dúvidas quanto à relação custo-efectividade» destas salas, nomeadamente na reabilitação de toxicodependentes, na diminuição das infecções por VIH/Sida, no decréscimo da visibilidade dos consumos e acessibilidade aos cuidados de saúde e apoio social, acrescenta a vereadora democrata-cristã, na sua declaração.
Por outro lado, Nogueira Pinto alega desconhecer «qualquer tipo de estudo realizado em Lisboa sobre o impacto da implementação de uma sala de consumo assistido», quanto à adesão pelos toxicodependentes, à capacidade de resposta a este tipo de doentes, à movimentação dos utilizadores de drogas endovenosas, à movimentação dos mercados ilegais, à aceitabilidade/resistência por parte das comunidades locais e agentes de segurança pública.
Na opinião da vereadora Maria José Nogueira Pinto, a abertura de salas de consumo assistido deveria ser antecedida do «reajustamento dos actuais programas de redução de danos, como os programas de baixo limiar (metadona)», do desenvolvimento de «programas de dissuasão de consumo de drogas ilícitas no espaço público, com reforço das equipas de rua» e do reforço «substantivo» da prevenção primária.
«Desconhecemos como este tipo de programa vai ser enquadrado no âmbito da reorganização dos serviços de apoio à toxicodependência que, pelo que julgamos conhecer, deverão passar a responder também aos problemas do alcoolismo», adianta a vereadora.
Nogueira Pinto recorda ainda que a proposta inicialmente apresentada pelo vereador da Acção Social, Sérgio Lipari Pinto (PSD), «sofria de lacunas substanciais», tendo contado com contributos da oposição, para que o processo seja desenvolvido em parceria com o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e em cooperação com a comunidade local, que as salas não sejam instaladas em zonas habitacionais consolidadas e que o impacto da medida a nível local seja avaliado.
Nogueira Pinto vai ainda aproveitar a última reunião camarária em que participa para fazer uma declaração sobre a Gebalis.
in Portugal Diário

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