domingo, março 04, 2007

Santa Justa entre zonas nobres e lugares sombrios

Entre a Rua da Palma e o Poço do Borratém, do Largo do Martim Moniz à Calçada do Desterro, da Praça da Figueira até ao Rossio, existem lugares sombrios que se encontram com as zonas nobres de Lisboa. "Temos um bocadinho de tudo", conta Manuel Medeiros, presidente da Junta de Freguesia de Santa Justa. Há pontos turísticos, como a Rua das Portas de Santo Antão; centros nevrálgicos da capital como a Praça D. Pedro IV (Rossio); sítios esquecidos como a Rua da Palma ou becos onde a marginalidade se refugia, como as traseiras do Chafariz do Desterro. Crime e prostituição são parte do quotidiano de Santa Justa, mas o fenómeno cresceu sobretudo nos últimos dois anos."Desde que limparam a zona do Largo do Intendente, em 2005, a toxicodependência disseminou-se por toda a freguesia", desabafa o autarca. E com os males da droga vieram os assaltos "frequentes" na Rua da Palma, a prostituição "a qualquer hora" na Rua do Poço do Borratém, ou o tráfico de estupefacientes no Largo Martim Moniz.
Mas tão cinzento quanto o declínio de algumas zonas de Santa Justa é o facto de já "não haver mais crianças" nesta freguesia de Lisboa. Partiram todas em Setembro do ano passado, quando a Câmara de Lisboa encerrou a Escola Básica do Martim Moniz. "Ficaram os idosos, que constituem a esmagadora maioria da população", diz Manuel Medeiros.

in DN

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