sexta-feira, março 09, 2007

POluição atmosférica "mata" imagem de Lisboa

Se nada for feito para inverter o avanço da poluição ambiental e da degradação da qualidade do espaço público de Lisboa, a breve trecho, a capital verá ameaçadas a sua imagem e pretensão em matéria de competitividade no contexto europeu.
Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, já deu o alerta às autoridades locais sobre esta situação há ano e meio. "Mas nada foi feito até agora", acusa ao DN este responsável, lamentando o estado a que a capital chegou. "Lisboa está suja, desordenada, com estacionamento caótico e muito poluída." A poluição atmosférica é o que mais preocupa o presidente deste organismo governamental.
"É bom que as pessoas saibam que, em Lisboa, 80 % da poluição medida tem origem nos combustíveis fósseis utilizados pelos automóveis. Apenas 20% da poluição é de origem industrial", diz Fonseca Ferreira, lembrando que a Câmara de Lisboa, e concretamente o seu presidente, Carmona Rodrigues, tem afirmado que não defende a adopção de medidas radicais para a contenção do transporte individual na cidade. "Apenas se tem dito que não às portagens à entrada da cidade, mas não se apresentam alternativas. Enquanto isso, a situação da cidade vai piorando de dia para dia", afirma ainda Fonseca Ferreira.
"É a estratégia de desenvolvimento e competitividade para a própria região metropolitana de Lisboa que está ameaçada. Senão vejamos: a área metropolitana tem potencialidades e condições naturais únicas para ser competitiva no contexto europeu. Mas Lisboa, sendo o 'coração' de toda esta região, não pode continuar a 'viver ou a sobreviver' se estiver doente. Quem é que vai querer investir numa cidade com estacionamento caótico? Ou quem é que quer visitar uma cidade cada vez mais suja e poluída?", questiona Fonseca Ferreira.
A adopção de medidas minimizadoras da poluição ambiental impõe-se rapidamente . "Não tem que ser a CCDRLVT a dizer o que deve ser feito. Cabe às autoridades locais fazerem-no e há um leque de soluções possíveis, algumas delas já experimentadas noutras capitais europeias", salienta o responsável. O condicionamento da circulação automóvel nas áreas centrais da cidade parece ser uma inevitabilidade neste contexto. Mas para Fonseca Ferreira há outras formas de reduzir a poluição. E dá um exemplo: a circulação alternada de veículos (com base nas matrículas).
in DN (texto de Luísa Botinas e imagem de Paulo Spranger)

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