quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Quercus não admite continuação de clube de tiro em Monsanto

A associação ambientalista Quercus manifestou-se hoje contra a hipótese de o Clube Português de Tiro a Chumbo poder continuar a funcionar em Monsanto, considerando que não faz sentido aquele tipo de instalação num parque florestal.
Em declarações à Lusa, o ambientalista Carlos Moura afirmou que é «completamente fora de sentido» a hipótese de o Clube continuar em Monsanto, como acontece há 44 anos, mesmo cumprindo as condições impostas pela Câmara de Lisboa, como admitiu fonte do gabinete do vereador responsável pelo Ambiente e Espaços Verdes.
Apesar de a Câmara ter na terça-feira dado três meses ao Clube para abandonar Monsanto, fonte do gabinete do social-democrata António Prôa admitiu que «não está excluída a hipótese» de a autarquia e o clube chegarem a um acordo.
Para isso, será preciso que o Clube cumpra as condições impostas pela Câmara, como a construção de uma barreira acústica e uma vala para recolher os chumbos.
Carlos Moura afirmou não entender «que a Câmara venha prorrogar» o ultimato que já deu ao clube, responsabilizando a autarquia por arranjar uma solução que «sirva os interesses em jogo, incluindo os legítimos interesses do clube».
«Nada nos move contra o Clube de Tiro», afirmou Carlos Moura, que ressalvou no entanto que aquela instituição «tem vindo a poluir gravemente [o parque florestal de Monsanto] com chumbo e a apresentar perigos para a segurança dos utentes do parque».
Um clube de tiro e um parque florestal «não são compatíveis», considera a Quercus - que participa com outras associações na Plataforma por Monsanto - , que só admite um desfecho: «o clube de tiro tem de sair de Monsanto, que não é o sítio mais adequado».
Após a denúncia do contrato, a 13 de Agosto do ano passado, o clube de tiro manifestou vontade de continuar no parque de Monsanto, onde ocupa uma área de 19,3 hectares, e a Câmara disponibilizou-se para estudar um «novo modelo técnico e jurídico» que o permitisse, acrescentou a fonte.
Nessa altura, a autarquia impôs como condições a não contaminação do solo com chumbo, a inexistência de impacto sonoro e a salvaguarda da segurança de pessoas e bens (a rede existente revelou- se insuficiente).
Segundo fonte do gabinete do vereador António Prôa, o «estudo de incidência ambiental» apresentado em Setembro pelo clube de tiro foi «parcialmente rejeitado» pela Câmara Municipal sobretudo porque implicava «grandes abates de árvores e movimentações de terras».
Diário Digital / Lusa

0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home

Grupos do Google Subscreva o Grupo de Discussão do Forum Lisboeta
Email:
Pesquise os Arquivos em Grupos de Discussão no: google.com