sábado, fevereiro 24, 2007

Lisboa estuda a pobreza

Os números reais da pobreza em Lisboa são desconhecidos, porque não existe nenhum estudo fidedigno sobre esta realidade na capital, afirmou, ao JN, Paulo Teixeira, coordenador do núcleo de Lisboa da Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (REAPN). "A definição de pobreza é muito difícil. Estabelece-se um nível para o seu limiar, e basta uma pessoa ganhar mais cinco euros, para deixar de fazer parte desse lote. Mas a pobreza continua", concluiu. O conhecimento dessa realidade pode, agora, mudar, porque Lisboa tem, desde meados do ano passado, um Observatório de Luta Contra a Pobreza.
O observatório - que nasce da cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a REAPN - foi ontem apresentado num seminário que deu a conhecer as linhas mestras do trabalho deste novo instrumento de luta contra a pobreza e exclusão social, que funcionará, durante o seu primeiro ano de existência, com um orçamento aproximado de 80 mil euros. Luta coordenadaEm Portugal a taxa de pobreza mantém-se nos 20%, há 20 anos.
O número é avançado pelo coordenador do Observatório de Lisboa, Sérgio Alves, que garante que a luta contra a pobreza todos os dias é diferente. "Aparentemente há um fracasso na luta contra a pobreza em Portugal. O que teria acontecido se não se tivesse feito nada", ironizou, garantindo que todos os dias aparecem novos casos de pobreza. Por seu turno, Paulo Teixeira, salientou que trabalho do Observatório vai, também, passar por tentar coordenar esforços com as muitas instituições que existem na capital e que ainda não funcionam em conjunto.
"Vamos ter um conhecimento da realidade com um levantamento exaustivo do que se passa. A partir daqui, a intervenção será feita de forma mais ordenada e estruturada", acredita o provedor da SCML, Rui Cunha. "As intervenções que actualmente se realizam na área da pobreza e exclusão social são dispersas, necessitam de ser coordenadas", ressalvou. "Por isso o Observatório também é necessário. O trabalho no terreno garante uma ajuda mais localizada".

in JN

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