quarta-feira, dezembro 06, 2006

Moradores "inauguram" centro de saúde de Marvila

Reler a proposta do CDS-PP Lisboa aprovada na Assembleia Municipal de Lisboa


Um grupo de moradores do Bairro dos Lóios, cansado de esperar que abra ao público a extensão do Centro de Saúde de Marvila, cujo grosso da construção ficou concluído há quatro anos, "inaugura" amanhã, com pompa, o novo edifício. Um protesto carregado de ironia para contestar o impasse no processo e onde não faltará a fita e a tesoura da praxe, assim como espumante para brindar à ocasião.Sebastião Cabral, um dos organizadores do evento, pertencente à Associação Tempo de Mudar, garantiu ao JN que foram convidadas inúmeras individualidades para a cerimónia, incluindo responsáveis da Administração Regional de Saúde (ARS), presidente da Junta de Marvila e todo o executivo da Câmara. Apenas o vereador José Sá Fernandes confirmou a presença.
"O actual Centro de Saúde não oferece condições. As pessoas nem têm espaço para se sentar e a localização não é a melhor", queixa-se Sebastião Cabral. O morador lembra que a extensão de Marvila foi criada para servir os bairros dos Lóios, Flamenga e Armador, onde vivem 16 mil famílias, sendo que a maioria não tem médico de família. O edifício começou a ser construído há seis anos com ajuda de fundos comunitários. Ficou assente que a Câmara e a ARS assumiriam a meias os encargos com a construção. Segundo fonte do gabinete do vereador responsável pela Acção Social, Sérgio Lipari Pinto, a Câmara concluiu a sua parte em 2002, mas acabou por levar a cabo a restante empreitada (interiores) já que a ARS não cumpriu o acordo.
Em Abril passado, o edifício ficou pronto, com excepção dos projectos de especialidade, a cargo da ARS segundo um protocolo que o organismo se propôs a assinar, mas que nunca foi rubricado. A mesma fonte municipal frisa que, no último mês, foram enviadas três cartas com pedidos de reunião ao presidente da ARS, que continuam sem resposta.
Manuela Peleteiro, coordenadora da Sub-região de Saúde de Lisboa, contactada pelo JN, refere que a questão está a ser analisada no sentido de "rentabilizar um espaço de dois pisos, que é muito grande para ser apenas uma extensão de saúde". O JN tentou ainda obter esclarecimentos junto de um responsável da ARS, mas sem êxito até ao fecho desta edição.

in JN

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