quinta-feira, dezembro 14, 2006

Loteamento de Marvila: CDS abstém-se

Os vereadores da oposição na Câmara de Lisboa congratularam-se quarta-feira pelo indeferimento do loteamento de Marvila, na zona onde poderá passar o comboio de alta velocidade, devido ao parecer negativo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
A proposta da vereadora com o pelouro do Urbanismo, Gabriela Seara (PSD), incluída na ordem de trabalhos da reunião camarária, foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PS, PCP e Bloco de Esquerda, e a abstenção do CDS-PP.
O vereador do CDS-PP Anacoreta Correia, que quarta-feira substituiu a vereadora Maria José Nogueira Pinto, justificou a abstenção à proposta de indeferimento do loteamento com o facto de o seu partido ter-se igualmente abstido na aprovação da proposta.
«Estamos satisfeitos com a revogação mas quisemos ser coerentes», sustentou Anacoreta Correia.
O vereador democrata cristão considerou que a aprovação do loteamento « foi um processo que começou mal» e salientou a «ausência de diálogo» entre a Câmara e o Governo.
«Continuamos a achar que foi um processo enviesado», afirmou.
A Câmara de Lisboa aprovou a 22 de Novembro o loteamento em Marvila, na zona da antiga Sociedade Nacional dos Sabões, contra um apelo do Governo.
Dias após a aprovação da proposta pela Câmara, o Governo aprovou um decreto que estabelece medidas preventivas para a actividade nos solos no Eixo Chelas-Barreiro para viabilizar a terceira travessia do Tejo, destinada ao comboio de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, e que abrangem a área do loteamento aprovado.
Na altura, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, anunciou que o acto da autarquia lisboeta estaria a ser analisado juridicamente pelos Ministérios das Obras Públicas e do Ambiente, tendo em vista a impugnação da deliberação camarária.

in Diário Digital

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