sexta-feira, dezembro 01, 2006

Carnide quer ver bairro fechado ao trânsito

Um grupo de moradores no Bairro Novo de Carnide está a promover um abaixo-assinado com o objectivo de transformar esta área residencial numa zona de acesso automóvel condicionado, à semelhança do que acontece em áreas históricas como o Bairro Alto, Alfama, Bica, Santa Catarina e Castelo. Os autores do documento, que reuniu até ao momento cerca de cem assinaturas, afirmam que a instalação do Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) na Quinta do Bom Nome, no final de 2005, tornou o estacionamento "caótico".
O problema, explica Hugo Ataíde, ocorre "dia e noite, até às 23h", já que o instituto oferece aulas nocturnas."É um caos. Chega-se a estar meia hora à procura de estacionamento", diz Carlos André, outro dos dinamizadores do abaixo-assinado, contando que se chegou "ao cúmulo de haver carros estacionados no meio da via e em segunda ou terceira fila".
Para resolver o problema, este grupo sugere a transformação de dois largos no Bairro Novo de Carnide, o Francisco Smith e o Miguel José Mendes, em zonas de acesso automóvel condicionado, onde apenas possam circular e estacionar os moradores. No abaixo-assinado diz-se que esta é "uma solução fácil, rápida e pouca dispendiosa para a junta/câmara minorarem a situação abusiva que permitiram acontecer".
Os moradores defendem que esta transformação não pode "ser encarada como um privilégio ou favorecimento" porque, como os dois largos "são apêndices da Rua Eduardo Viana", com o seu fecho "não se estaria a impedir a circulação de viaturas na referida rua". Além disso, sublinha-se no abaixo-assinado, "não há comércio, serviços públicos ou escritórios nesta zona".
O objectivo da proposta, que já foi entregue à vereadora com o pelouro da Mobilidade, Marina Ferreira, é garantir que pelo menos cem dos moradores não tenham de "disputar com as centenas de alunos do ISLA" os lugares existentes nos largos. Até porque, explica Hugo Ataíde, os estudantes podem estacionar, por um euro por dia, no parque do instituto ou no da Casa do Artista.
O presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Paulo Quaresma, reconhece a existência do problema e sugere a colocação de parquímetros e o aumento da fiscalização da Polícia Municipal e da PSP para pôr fim ao "desespero" dos moradores. Estas soluções são contestadas por Hugo Ataíde, porque "os parquímetros não impedem que os lugares fiquem ocupados".
in Público

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