quarta-feira, novembro 29, 2006

Museu do Design e Baixa-Chiado

O projecto de revitalização da Baixa-Chiado, cuja aprovação constava da ordem de trabalhos da reunião de ontem da assembleia municipal, vai ser apreciado em seis comissões especializadas. A decisão foi aprovada por todos os partidos, com excepção do CDS/PP, que propôs e viu chumbada a criação, em alternativa, de uma comissão eventual para análise do projecto.
Vários deputados do PP e alguns do PSD manifestaram o receio de que a metodologia aprovada venha a fazer arrastar a aprovação do projecto. As comissões não têm prazo para produzir os seus relatórios, embora lhes seja pedida "brevidade". Por parte do Governo, o projecto também não deverá andar com a celeridade que Carmona desejaria. Contrariamente ao que se chegou a admitir na câmara, o ministro do Ambiente não deverá tomar nenhuma decisão formal e global sobre a matéria.
O mais provável, dizem alguns dos seus colaboradores, é que as diferentes acções venham a ser apreciadas caso a caso, à medida que forem apresentadas, e no quadro de programas de financiamento preexistentes ou especificamente propostos.
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ontem a proposta de arrendamento, por cinco anos e pelo valor mensal de 10.164 euros, de um espaço destinado a acolher as peças da colecção Capelo, que dentro de dois anos deverá integrar o Museu do Design e da Moda, a criar no palácio de Santa Catarina. O PCP, o BE e os Verdes criticaram fortemente a opção camarária e votaram contra. O PP manifestou algumas reservas e absteve-se. O PS também levantou dúvidas mas votou a favor, juntamente com o PSD. "Esta proposta não cheira bem. Cheira a esturro", disse Heitor de Sousa, do Bloco de Esquerda, a propósito da decisão de arrendar uma fracção com cerca de mil metros quadrados no antigo edifício do Entreposto, na Av. Infante D. Henrique. "Provavelmente é para ajudar o BCP [dono do imóvel] no seu grande desígnio de recuperar o edifício do Entreposto", aventou o deputado.A proposta, já aprovada pela câmara e subscrita pelos vereadores da Cultura, Amaral Lopes, e das Finanças, Fontão de Carvalho, omite que o museu será instalado daqui por dois anos em Santa Catarina - o projecto é hoje apresentado -, mas refere que o contrato será renovável por períodos de cinco anos.

in Público

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