quinta-feira, novembro 02, 2006

Insegurança alastra na Possidónio da Silva

Os moradores da Rua Possidónio da Silva, em Lisboa, queixam-se de que a artéria se transformou num local de venda de droga e exigem um policiamento permanente para erradicar um problema que lhes transformou a vida num "inferno". O apelo também é feito pelo presidente da Junta de Freguesia dos Prazeres, João Magalhães Pereira (PSD). O autarca considera que "o problema mais grave de droga da cidade" existe na Possidónio da Silva, uma rua que tem ao cimo o Conselho de Ministros e em baixo o Palácio das Necessidade. "Quando foi demolido o Casal Ventoso, os toxicodependentes distribuíram-se por vários sítios da cidade e um deles foi um pátio na Possidónio da Silva", adiantou o presidente.
Vários moradores relataram à agência Lusa o "drama" de viver numa rua onde há sempre alguém a vender droga, a comprar ou a consumir. "Era uma zona pacata, de pessoas mais idosas. Mas há cerca de dois anos transformou-se numa zona de tráfico 'à séria', com pessoas a fazerem filas de 15 e 20 metros para comprar droga", contou um morador que preferiu manter o anonimato com medo de represálias.Um habitante contou que quando há cerimónias no Palácio das Necessidades, ou em situações especiais "o problema desaparece" devido ao aumento da presença policial na zona.
"É uma situação aos olhos de toda a gente, mas ninguém acaba com isto", disse à Lusa "Maria", que também teve receio de divulgar o nome verdadeiro, porque diz já ter sido ameaçada. A moradora comprou uma casa na Rua Possidónio da Silva há cerca de 10 anos, mas nunca imaginou "o problema" que iria encontrar. "É sinistro. Estamos a viver num ambiente que nós não procurámos e a que não estamos habituados", comentou a moradora, sublinhando que as pessoas "têm medo" de ali viver. Confrontado com estas críticas, o comandante da PSP do Calvário, subintendente João Luciano, disse à Lusa que já foram feitas "inúmeras detenções", conjuntamente com a Polícia Judiciária e a Divisão de Investigação Criminal da PSP, mas lamenta que os detidos acabem por ser postos em liberdade. O subintendente relatou o caso de um traficante que foi detido e que o tribunal colocou em prisão domiciliária no pátio, onde continuou a vender droga.

in JN

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