sexta-feira, novembro 17, 2006

"A coligação com o PSD não era o meu voto"

Maria José Nogueira Pinto devolveu ontem as acusações de deslealdade a Carmona Rodrigues: "Entendo a lealdade como um sentimento recíproco . Eu devo lealdade, mas também me é devida a mim."
A vereadora centrista "demitida" na quarta-feira pelo presidente da Câmara de Lisboa devido ao seu sentido de voto na apreciação da proposta para a nova administração da Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa conta a sua versão: "Havia uma posição acordada entre mim e o professor Carmona, mas o documento que foi posto a votação era diferente daquele que eu conhecia e que estava agendado", disse, na sede do seu partido, no Largo do Caldas.
"Houve um facto que alterou o conteúdo da proposta e eu não fui avisada", garantiu, referindo-se à retirada do nome de Pedro Portugal como vogal da SRU (alegadamente após pressões de Marques Mendes sobre Carmona). É que saindo Portugal ficariam apenas dois elementos na administração da SRU, um dos quais Nunes Barata, pessoa que, diz Nogueira Pinto, "não tem perfil para a função". "Eu ainda pensei que o presidente retirasse a proposta", revelou.
Mas não retirou. E Nogueira Pinto votou contra. Carmona... retirou-lhe a confiança e os pelouros. "Como é que reajo? Apenas digo que quem dá pelouros também pode retirá-los, e além disso uma coligação só continua se fôr confortável para quem a integra", adiantou.
"O meu voto não é cego", lembrou ainda Nogueira Pinto sobre o que acertou com Carmona, em Janeiro, quando recebeu o pelouro da Habitação Social e a operação de revitalização da Baixa. Vale de Santo António e EPUL foram dois episódios exemplo, do "voto coerente"."A coligação não era o meu voto", reforçou por outro lado. A governabilidade da câmara , essa , diz Maria José Nogueira Pinto, Carmona pode consegui-las reunindo o consenso, "nomeadamente o meu". E reforça: "A coligação era o meu contributo, que acho que devia dar e que dei aogoverno da cidade.
À cidade e à Câmara de Lisboa, a uma câmara com muitos problemas, nomeadamente financeiros. Era um contributo de mão-de- obra qualificada e é esse contributo que cessa. Jamais retaliaria a cidade votando contra propostas que fossem boas para ela". Recusando sair como vítima do protagonismo que grangeou remata contrapondo: "Eu teria muita dificuldade em romper a coligação."

in JN

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