sexta-feira, setembro 15, 2006

Elevadores selados afligem idosos

A selagem dos dois elevadores do prédio número 62 da Rua Pascoal de Melo (com seis andares), em Lisboa, transformou a vida dos moradores num verdadeiro tormento. Há mesmo quem não saia de casa devido à idade ou a problemas de locomoção. "A Câmara Municipal notificou a Companhia de Seguros Tranquilidade, proprietária do imóvel, para fazer obras nos ascensores, mas ficou tudo na mesma", disse ao JN Richard Goldschimdt, inquilino do 4.º andar.
Aquele morador, de 73 anos, adiantou ainda que "um dos elevadores já não funcionava há seis anos e que o outro estava sempre com problemas". Uma situação que nem a aplicação de coimas por parte da autarquia lisboeta consegue resolver "A seguradora paga e deixa os elevadores sem qualquer intervenção".E quanto mais altos são os andares, maior se torna a aflição de quem lá reside. Uma das inquilinas do 5º piso, com 77 anos, confessou ao JN que não tem ido com tanta assiduidade às aulas de manutenção física para evitar subir as escadas tantas vezes. Aliás, contou, "no outro dia, ao contrário do habitual, comprei uma caixa pequenina de detergente para a roupa porque a grande é muito pesada".
Aquela moradora disse ainda que a vizinha do sexto andar "não sai de casa porque tem próteses nos joelhos e não pode subir e descer escadas".
Embora seja bastante mais novo do que a maioria dos inquilinos do prédio, Luís Saraiva também se viu obrigado a mudar algumas rotinas do seu quotidiano. Levar para casa a ração dos dois cães, por exemplo, é agora uma tarefa bem mais complicada. "Tem de ser em duas ou mais vezes" explicou ao JN. Além disso, rematou, enquanto começava a subir, "quanto deixo o carro nas traseiras do prédio, em vez de cinco andares, subo sete".

in JN

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