terça-feira, julho 25, 2006

Comércio em crise no Conde Redondo

Na zona do Conde Redondo, em pleno centro da cidade de Lisboa, o comércio já teve melhores dias. São várias as lojas que fecharam portas e os únicos estabelecimentos que ainda parecem resistir são os cafés, os restaurantes, as lavandarias e as lojas dos chineses, que proliferam naquele local.António Gonçalves, de 69 anos, trabalha como sapateiro na rua Luciano Cordeiro, perpendicular à Rua Conde Redondo e orgulha-se do ofício que tem conseguido manter há 41 anos. "O negócio está ruim, oiço as pessoas todas queixarem-se, muitos dizem que mal dá para sobreviver. Eu tenho conseguido, já tenho clientes antigos e vão sempre surgindo mais alguns", desabafa o sapateiro, revelando estar conformado. A quebra no comércio local fez-se sentir desde o ano passado, segundo conta.

"Muitas lojas abrem e fecham logo a seguir porque não aguentam. As próprias empresas também nem sempre se mantêm porque os estacionamentos são difíceis nesta zona", realça. O sexagenário conta que o próprio ambiente à noite tem vindo a mudar: "A prostituição mantém-se mas parece-me mais encoberta. Antigamente era muito pior".

Na área envolvente da Conde Redondo, os edifícios mais antigos , alguns já restaurados, conservam, na sua maioria, a fachada de outrora. Quem o confirma é Luís Silva, de 55 anos, que passou toda a sua infância na Rua Nogueira e Sousa."Esta zona era mais ou menos como agora, mas 'mais' bairro, as pessoas conheciam-se todas e juntavam-se nos cafés, como uma grande família", conta com um sorriso nos lábios. " Havia muito do que hoje já desapareceu ou está em "vias de extinção", como as mercearias, os carvoeiros que vendiam vinho e carvão, as tabernas e as leitarias, que eram uma espécie de pastelarias de antigamente", recorda com saudades de outros tempos.

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