quarta-feira, março 22, 2006

Quase duas mil famílias à espera de casa em Lisboa

Quase duas mil famílias estão a aguardar a atribuição de fogos pela Câmara Municipal de Lisboa, mais de metade das quais devido a programas de realojamento ainda a decorrer.
Esta informação consta de um relatório que será apresentado pela vereadora da Habitação Social, Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP), na reunião de hoje do executivo camarário, que decorrerá à porta fechada.De acordo com dados recolhidos pela Divisão Municipal de Habitação, “o município de Lisboa tem presentemente cerca de 1.977 agregados a aguardar atribuição de fogo municipal”. Mais de metade destas famílias (1.324) esperam casas devido a programas de realojamento ainda em curso e que se encontram em zonas de barracas e/ou alojamentos precários.
De núcleos degradados “ainda pendentes”, como a Quinta Alto Pote d’Água, Rio Seco, Quinta da Curraleira, Vila Ferro ou Quinta da Bela Flor, mais de 400 famílias aguardam a atribuição de casas, enquanto outros 300 necessitam de realojamento devido à construção de infra-estruturas como a Avenida Santos e Castro ou o Eixo Norte/Sul ou por intervenções de reabilitação urbana como o Programa Lisboa a Cores ou no Casal Ventoso.
O relatório aponta ainda para a existência de 149 famílias que vivem em fogos municipais em “ruínas ou más condições de habitabilidade” e para 72 agregados nas mesmas situações em casas particulares.Segundo o mesmo documento, são dirigidos à autarquia lisboeta 1.900 pedidos de habitação social por ano.
Face a estes números, Maria José Nogueira Pinto adianta que está a ser preparado um documento regulador que definirá “critérios de atribuição e gestão de habitação para facilitar uma actuação coerente, justa e uniforme”.
A autarquia lisboeta gere 28.611 casas, das quais 24.811 são alojamentos em bairros sociais. Dos restantes 3.800 fogos - património disperso -, 40 por cento dos edifícios estão “em ruína ou em muito mau estado de conservação”, estimando a autarquia que 60 por cento das casas “necessitem de grandes obras de recuperação”.
A vereadora da Habitação Social pretende realizar parcerias com entidades privadas e concorrer ao programa PROHABITA para a reabilitação do património degradado.
Notícias da Manhã

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