quinta-feira, março 16, 2006

LNEC garante segurança de todos os túneis da Baixa

Para que não reste margem de dúvida, o presidente do Metropolitano de Lisboa (ML), Mineiro Aires, conduziu ontem a visita da Comissão Parlamentar de Obras Públicas (CPOP) à estação do Terreiro do Paço e negou a existência quaisquer falhas nos túneis do metro.
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), aliás, emitiu um novo parecer, em que garante a segurança de todos os túneis da Baixa. O documento, porém, ainda não chegou às mãos da comissão, liderada pelo social-democrata Miguel Relvas. Motivo que levou os deputados a esperar pelo relatório para se pronunciarem. A visita foi solicitada pela CPOP dias depois de ter sido divulgado um relatório do engenheiro Carvalho dos Santos, que denuncia a existência de falhas na construção de base dos túneis do Terreiro do Paço, da Baixa-Chiado e do Cais do Sodré. Segundo o técnico, as deficiências colocam em risco a segurança dos passageiros do ML.
No documento, o engenheiro da empresa alerta ainda para o facto de, na construção de base dos túneis, ter sido colocado cascalho em vez de betão, o que poderia provocar danos na soleira da infra-estrutura, no caso de entrar água. "Mesmo que tivesse sido aplicado cascalho, isso não teria influência na segurança estrutural do túnel", esclareceu Carlos Pina, vice-presidente do LNEC.
O responsável explicou que, após o acidente, ocorrido em 2000, o laboratório de engenharia analisou as condições de segurança de todo o túnel, tendo constatado que no troço entre o Terreiro do Paço e o Poço da Marinha (371 metros de extensão), verificou-se alguma deformação. O parecer do LNEC, obrigou o Metropolitano de Lisboa a iniciar trabalhos de reforço, e a investir perto de três milhões e 300 mil euros naquele percurso.
Apesar dos esclarecimentos do Metropolitano de Lisboa e do LNEC, os deputados José Soeiro (PCP), Luís Rodrigues (PSD), Helena Pinto (BE) e Hélder Amaral (CDS-PP) advertem que só manifestarão a sua posição depois de analisarem o relatório do laboratório, que lhes foi entregue ontem. Contudo e, se as informações que constam do documento coincidirem com o que foi explicado durante visita, os deputados darão o assunto por encerrado.
Mineiro Aires também quer pôr um ponto final nesta matéria. "O Metropolitano de Lisboa não pode andar a correr atrás de coisas destas. Fez o que lhe competia e, a partir de agora, dá este assunto como encerrado, falando apenas através do LNEC", rematou o presidente do ML, advertindo, no entanto, que tudo fará para garantir a segurança do Metropolitano.
As estações de metro do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia serão abertas ao público em Junho do próximo ano - sete anos após o aluimento de terras, e três anos e meio depois do prazo previsto para a sua conclusão.

DN

0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home

Grupos do Google Subscreva o Grupo de Discussão do Forum Lisboeta
Email:
Pesquise os Arquivos em Grupos de Discussão no: google.com