Lisboa sem projecto

O Partido Socialista foi o primeiro partido a apresentar um candidato à Câmara Municipal de Lisboa. Não me cabe opinar sobre a oportunidade do momento desse anúncio e quais os seus objectivos.

No entanto, como munícipe da capital, tenho a obrigação de apreciar os candidatos apresentados e o que podem representar para a solução dos problemas da nossa cidade, das nossas freguesias e dos nossos bairros.

Antes de mais, não podemos esquecer que estamos perante eleições autárquicas. O que está em causa é o poder local, é a eleição dos titulares dos órgãos que mais perto estão dos cidadãos.

E neste campo, nada se conhece a Manuel Maria Carrilho. Certamente que não lhe conhecemos o perfil exigido para autarca, capaz de sair permanentemente à rua e contactar com a população para constatar os seus problemas in loco.

Mas ainda mais grave do que isso.

O PS apresenta como slogan de campanha "Lisboa com pojecto". Mas afinal qual é o projecto que têm para Lisboa?

Só podemos concluir que é nenhum! Senão vejamos.

O Partido Socialista não apresenta um programa. Apresenta um candidato sem programa. Prova disso é que a primeira mensagem de campanha: "Estamos a trabalhar num projecto para Lisboa".

Por um lado, quem trabalha não o diz; executa. Disto é que os lisboetas precisam.

Por outro, quem se candidata, apresenta-se com um programa, com um projecto, com linhas de rumo definidas. Manuel Maria Carrilho candidata-se e depois vai pensar o que pode fazer por Lisboa. Assume um desafio sem projecto. E isso é impensável para a nossa cidade.

Só pode ser Presidente da Câmara quem conhecer a cidade, souber os seus problemas e tiver soluções preparadas para os mesmos. Senão não vale a pena perder tempo.

Até agora não se conhece nenhuma proposta dessa candidatura para a cidade, não se vislumbra nenhum projecto.

Mas já tivémos um avanço. A candidatura de Manuel Maria Carrilho já anunciou que quer "projectos com princípio, meio e fim".

Agora, só falta mesmo o essencial: os projectos!

Até agora é uma candidatura "Lisboa sem projecto".